Lógica Assessoria Ambiental Inteligente

Escrito por
13.09.2018

Estamos enfrentando um problema muito grande em relação ao acúmulo de resíduos urbanos. Devemos sempre procurar conscientizar as pessoas para que esse tema esteja na pauta das discussões sobre cidades do futuro ou a sustentabilidade no mundo.

Pensando nisso, vamos falar um pouco sobre resíduos para que possamos dar a devida atenção a esse tema.

O que é?

"Lixo" urbano, como é popularmente chamado os resíduos sólidos urbanos (RSU), é considerado todo resíduo sólido descartado em áreas urbanas. Isso significa que além dos resíduos domésticos, estão inclusos varreção, resíduos das casas, comércio e construção civil.

De acordo com o Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Nº 12.305, os resíduos sólidos podem ser classificados quanto a sua origem e periculosidade. Dentro da classificação de origem, o resíduo sólido urbano é englobado nas alíneas “a” e “b” da referida lei, sendo elas:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

Considerado como um dos maiores problemas ecológicos, resíduos urbanos são capazes de poluir o solo e a água, além de emitir o gás metano, que contribui para o efeito estufa.

Dentro da PNRS foi elencada uma ordem de prioridade no combate a poluição por resíduos onde os esforços entre cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada, os quais devem focar na “não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos” (PNRS, 2010).

Através da responsabilidade compartilhada, cada setor da sociedade tem um papel importante na gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, fica entendido que: o cidadão é responsável tanto pelo descarte correto dos resíduos, através da separação, quanto pela forma de consumo, onde surgem questionamentos sobre o papel do homem enquanto consumidor. As empresas do setor privado tem como responsabilidade o gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos, a reciclagem ou reincorporação dos mesmos na cadeia produtiva e ainda inovações na área de produtos menos poluentes. Já o Estado como um todo é responsável pelo planejamento e ativação dos planos de gestão de resíduos sólidos.

Aumento da quantidade de lixo urbano

Água limpa e segurança alimentar podem estar ameaçados por conta de práticas impróprias na gestão de resíduos. Isso se dá pois a classe média mundial passará o montante de 5 bilhões de pessoas até 2030, segundo o economista Homi Kharas e com esse aumento, aumentarão as consequências dos hábitos de consumo (quando consideramos padrões de consumo atuais), nocivos ao meio ambiente.

Fonte da imagem: Estadão

A economia hoje representa um sério risco aos ecossistemas e a saúde humana, isso porque o constante aumento no volume de bens de consumo acaba por criar um problema muito sério uma vez que o descarte desses bens não são feitos da forma correta ou reutilizados em outras indústrias. Segundo estimativas da ONU Meio Ambiente, todos os anos mais de 11,2 bilhões de toneladas de resíduo sólido são coletados no mundo. De todo o montante coletado, um novo desafio tem sido apresentado aos ambientalistas: resíduos de equipamentos elétricos, que, muitas vezes, contêm substâncias tóxicas entre seus componentes.

Riqueza = mais lixo?

As nações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)  consomem mais de 60% de todas as matérias primas industriais produzidas, porém representam apenas 22% da população mundial. Os Estados Unidos está em primeiro lugar no ranking de produtores de "lixo". China, Brasil, Índia e México estão entre os dez maiores, também.

A relação entre consciência e tamanho também é um fator importante a ser considerado no caso da produção de resíduos. Para muitos países a abundância de espaço e recursos naturais acaba desestimulando a conscientização sobre os limites dos nossos recursos naturais e a qualidade do nosso meio ambiente. Esse é o caso de países emergentes como China, México e Brasil. Em outros países onde os recursos são escassos e áreas são menores, existe uma conscientização maior sobre o destinamento de resíduos sólidos e o cuidado com o meio ambiente, como é o caso da Europa.

Mas então, como podemos reduzir nossa produção de resíduos?

1) Selecionar os tipos de resíduos doméstico facilitando para a reciclagem.

2) Utilizar sacolas reutilizáveis em mercados.

3) Evitar desperdícios de comida.

4) Reduzir produtos descartáveis.

5) Priorizar produtos com refil e granel.

Consciência a favor do descarte responsável

Jogar "lixo" no lixo pode estar "batido”, mas ainda sim é necessário lembrar as pessoas da importância desses pequenos gestos. O descarte responsável, o consumo consciente e a preocupação com o meio ambiente são formas de trabalhar a favor do meio ambiente, dentro das nossas casas.

Resíduos descartados de maneira correta podem ser reciclados, reutilizados ou descartados de forma que não agridam o meio ambiente. Trabalhar nossa sociedade, junto com poder púbico e privado só acarreta em benefícios para nossas cidades e a melhora na qualidade de vida da população como um todo.

De forma geral, concordamos com o professor Daniel Hoornweg, do Instituto de Tecnologia da Universidade de Ontário, no Canadá, quando ele fala que: “decisões melhores são tomadas quando o público é parte do processo e apoia o programa adotado”.


 

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